Extensão: aplicar conhecimentos é parte fundamental de uma Educação transformadora

Publicado em 11/05/2022. Atualizado em 18/08/2023 às 11h38

Egressa do curso de Biblioteconomia (UFC campus Cariri), Fabiana Lazzarin é a atual pró-reitora de Extensão da UFCA. Foto: Ana Paula Lima - Dcom/UFCA

No último conteúdo da série Protagonismo Estudantil (link para uma nova página) – lançada em abril de 2022 para compartilhar a repercussão de experiências extracurriculares na vida de estudantes e de egressos da Universidade Federal do Cariri (UFCA) – foram explanadas formas de dar os primeiros passos na Pesquisa acadêmica, por meio da Iniciação Científica na Universidade. Neste terceiro conteúdo, o objetivo é falar de uma dimensão universitária que materializa a razão pela qual buscamos conhecimento: a sua aplicabilidade, para além dos muros das universidades.

Conforme o Conselho Nacional de Educação (art. 3º da Resolução Nº 07/2018 – link para uma nova página), a Extensão na Educação Superior Brasileira – tema ora abordado – é um processo interdisciplinar, político-educacional, cultural, científico e tecnológico “que promove a interação transformadora entre as instituições de ensino superior e os outros setores da sociedade, por meio da produção e da aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa”. Em outras palavras: por meio da Extensão, as universidades aplicam os conhecimentos que produzem em situações reais nas quais o uso desses conhecimentos pode ser positivo – o que as permite também contextualizar esses conhecimentos, enriquecer o processo de Ensino-Aprendizagem e indicar novos caminhos para as atividades de Pesquisa.

A Extensão oferece à comunidade acadêmica a chance de participar de ações transformadoras, construindo, com os públicos externos, novas possibilidades para o enfrentamento de realidades indesejadas ou para a potencialização de iniciativas benéficas – sempre em uma relação horizontal, de troca entre academia e sociedade.

A atual pró-reitora de Extensão da UFCA, Fabiana Lazzarin, é um dos maiores exemplos de integrantes da comunidade acadêmica da UFCA que viveram a Extensão nos tempos de graduação. Fabiana foi estudante de Biblioteconomia no então “campus Cariri” da Universidade Federal do Ceará (UFC) – que se transformaria, anos mais tarde, no que a UFCA é hoje (link para uma nova página)

Professora Fabiana Lazzarin. Foto: Ana Paula Lima – Dcom/UFCA

Fabiana integrou um dos primeiros projetos de Extensão da UFC que realizava atividades no Cariri: o “Doutores da Leitura” – coordenado pela professora do curso de Biblioteconomia da (hoje) UFCA, Cleide Bernardino. A iniciativa consistia em promover, junto a crianças em idade escolar, oficinas envolvendo leitura, em praças da região do Cariri – incentivando assim o hábito da leitura, promovendo entretenimento e reflexão sobre as histórias abordadas e, ainda, oferecendo às escolas participantes um diagnóstico da capacidade de leitura e de interpretação por parte dos estudantes, o que foi um importante apoio pedagógico às instituições. 

“Foi um dos primeiros projetos de Extensão da UFC campus Cariri. E aí havia o envolvimento, obviamente, dos estudantes da Biblioteconomia, mas sempre em parceria com os estudantes dos outros cursos – fosse para prover material, fosse para indicar contatos. Isso tornava [a iniciativa] realmente uma ação de Extensão, não só envolvendo a comunidade externa mas também envolvendo toda a comunidade interna. Daqueles estudantes que estavam [envolvidos com Extensão] naquele momento, hoje eu encontro todos inseridos no mercado de trabalho”, relata professora Fabiana.

A docente reforça que participar de ações extensionistas propicia o desenvolvimento de habilidades como proatividade e segurança – ambas importantes para o início da vida profissional: “As ações, sejam de Extensão ou de outros pilares, exigem do estudante esse protagonismo, esse ir atrás da comunidade. Quando eles vão para uma entrevista de emprego, eles podem relatar: ‘olha, eu já estive aqui, inclusive fazendo ações’. E isso é um diferencial. Quantos estudantes foram fazer entrevistas de emprego nos lugares em que eles realizaram suas ações de Extensão e, hoje, são profissionais dentro da própria instituição? Então, são oportunidades ímpares que a Universidade proporciona aos estudantes”, disse.

Após a experiência como extensionista, Fabiana concluiu seu curso de graduação, em 2011, e já ingressou no Mestrado em Ciência da Informação, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Ao retornar do mestrado, Fabiana se tornou professora substituta da UFCA; posteriormente, professora efetiva e, finalmente, pró-reitora de Extensão.

Ela acredita que a Extensão oferece recursos para colocar conhecimentos em prática junto a um compromisso social – o que para ela, é o grande papel da Universidade: “É muito importante nós adquirirmos os conhecimentos, mas ‘conhecimento por conhecimento’ não nos leva a grandes conquistas”, afirma a professora.

Formalizando uma ação de Extensão na UFCA

Na UFCA, integrantes da comunidade acadêmica que tenham alguma ideia para uma iniciativa extensionista podem submeter uma proposta de ação a editais da Pró-Reitoria de Extensão (Proex/UFCA), para que essa ideia possa ser formalizada. 

Na Universidade, são lançados anualmente editais específicos para cadastro de ações de Extensão, voltados a diferentes públicos. O edital para seleção de ações de Extensão na modalidade “Ampla Concorrência”, por exemplo, prevê que as propostas sejam submetidas por docentes da UFCA em efetivo exercício. O mesmo ocorre com o edital para integração Ensino-Extensão (Peex), que se refere a iniciativas que busquem vincular ações de Extensão a atividades desenvolvidas em componentes curriculares de cursos de graduação na UFCA. 

Já a modalidade “Protagonismo Estudantil” (Prope) prevê a formalização de propostas extensionistas idealizadas por estudantes da UFCA, com tutoria de algum/a docente da instituição.

As ações selecionadas por algum desses editais fazem jus a bolsas de Extensão e, assim, em um segundo momento, essas ações podem selecionar, cada uma delas, bolsistas dentre os estudantes da Universidade.

A Proex/UFCA também gerencia o programa de Extensão “UFCA Itinerante”, que consiste na visita a escolas na Região do Cariri, para apresentação da UFCA e de suas ações. Em anos anteriores, para realizar a UFCA Itinerante, a Proex/UFCA lançou edital específico, que selecionou os projetos e programas da Universidade que poderiam, posteriormente, selecionar bolsistas para o planejamento e execução das visitas.

Em 2022, em consequência das restrições à dotação orçamentária destinada à UFCA, a Proex/UFCA lançou apenas dois editais até agora (link para uma nova página): o de Ampla Concorrência e o de Protagonismo Estudantil.

Há ainda os editais de premiação, como o “Você faz a Extensão” (link para uma nova página), que premia estudantes extensionistas em duas modalidades: melhores vídeos e melhores trabalhos. Em 2021, a depender da colocação e da categoria vencida, a premiação para cada iniciativa participante variou entre R$ 500 e R$ 2 mil.

UFCA desenvolve ação de Extensão em Mauriti, em 2019. Divulgação: Proex/UFCA

“Se a Universidade, por si só, já tem o poder de modificação da realidade com a Extensão, imagina se o poder público entrar como parceiro?”

Estêvão Arrais é egresso do curso de Administração Pública da UFCA, no qual ingressou em 2013. Atualmente diretor de Ciência, Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Juazeiro do Norte (Sedeci), Estêvão diz que toda a sua trajetória na graduação na UFCA se relacionou com vivências extensionistas:  “Eu passei pelo Núcleo de Pesquisas e Práticas Contábeis e Administrativas, dos professores Milton Jarbas e Geovani [Tavares]; depois, fui para o Liegs, que é o Laboratório Interdisciplinar de Estudos em Gestão Social. Depois, participei de projetos de Extensão, com o professor Ives [Tavares]. Quando eu não era voluntário, eu era bolsista”, disse. 

Egresso do curso de Administração Pública da UFCA, Estêvão Arrais.
Foto: Ana Paula Lima – Dcom/UFCA

Além de gestor público, Estêvão é pesquisador, tendo cursado Mestrado em Avaliação de Políticas Públicas na UFC. Atualmente, é doutorando em Políticas Públicas pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) e foi convidado a integrar o Laboratório de Estudos em Gestão de Cidades e Territórios na UFCA (LaCITE), vinculado à linha de pesquisa Gestão Pública, Cidades Inteligentes e Inovação: “É a materialização da máxima de que o bom filho à casa torna”, brinca.

O gestor e pesquisador cita duas experiências em Extensão que, segundo ele, marcaram especialmente a sua carreira, tanto acadêmica quanto profissional: “Uma delas foi uma atividade extensionista com o professor Ives Tavares, que era um intercâmbio entre campi. Nós saímos daqui da UFCA em Juazeiro do Norte e fomos ter aulas, no formato de Educação contextualizada, no campus Icó. Nós discutimos sobre Semiárido e Políticas Públicas em praça pública, estando lá, no local. Então, eu comecei a entender essa grande ferramenta que é a Educação contextualizada”, recorda.

A segunda experiência foi uma iniciativa extensionista formalizada via edital de Protagonismo Estudantil, a partir de uma ideia dos próprios estudantes de Administração Pública. Conforme Estêvão, os discentes viram no fato de que a UFCA é, além de uma instituição de Ensino, uma instituição da administração pública federal, uma oportunidade para terem uma formação complementar à graduação: “A proposta era aproximar essa figura do gestor público [da UFCA] do curso [de Administração Pública], trazê-lo pra sala de aula, falar de gestão de projetos com quem faz os projetos UFCA e, enfim, fazer essa partilha de quem faz gestão pública com quem quer aprender e [futuramente] se tornar gestor público”. 

Em sua gestão na Sedeci, Estêvão é entusiasta da articulação entre academia e a gestão municipal: “Nesses seis meses [na Secretaria], nós desenvolvemos o programa ‘Eficiência’, que foi uma adequação [para Juazeiro do Norte] de um caso muito bem-sucedido do governo do estado, que é o ‘Cientista Chefe”, cita. A proposta (link para uma nova página), de iniciativa do professor e pesquisador Roberto Ramos, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA/UFCA), objetiva implementar um projeto piloto que pretende modernizar a gestão da cidade de Juazeiro do Norte, a partir da integração de sistemas de informações das secretarias municipais – o que permitirá tomadas de decisão baseadas em dados.

Também em parceria com a UFCA, está em construção, em Juazeiro do Norte, o projeto “Integra”, que busca integrar as atividades de Extensão com o poder público municipal: “Nós tanto ampliamos a capacidade de latência dos projetos de Extensão quanto suprimos demandas públicas que o poder público não poderia suprir por si só. Se a Universidade, por si só, já tem o poder de modificação da realidade com a Extensão, imagina se o poder público entrar como parceiro, cooperando nessa proposta? Eu acredito que todo mundo só tem a ganhar”, disse.

“Tem coisas que eu fui conhecer dentro da causa depois que eu entrei na Extensão”

A estudante do curso de Administração da UFCA, Fernanda Bastos, é ativista da causa animal desde antes de ingressar na Universidade, em 2016. A discente levou dois anos para iniciar sua trajetória na Extensão universitária – após ser aconselhada por colegas a procurar algum edital para levar conscientização sobre a causa animal para mais pessoas, por meio da Universidade: “Foi em 2018 que a Extensão me oportunizou dar mais voz àquela causa em que eu já atuava. No início, a grande dificuldade foi como trazer uma causa social, que não é trabalhada dentro do meu curso, para dentro da Extensão, porque quando a gente fala de Extensão, a gente vincula muito [o conteúdo a ser compartilhado com os públicos externos] aos cursos, àquele tipo de conhecimento dentro do curso”, relata Fernanda.

Fernanda Bastos, estudante do curso de Administração da UFCA, é conhecida na Universidade pelo seu trabalho voluntário UFCão, que batizou também um projeto de Extensão de conscientização da causa animal. Foto: Ana Paula Lima – Dcom/UFCA

A estudante, que se tornou atuante da causa animal inspirada pela mãe e pela irmã (que, segundo Fernanda, sempre atuaram em prol dos animais, na medida do possível),  desenvolveu, na Extensão, um trabalho de conscientização sobre a causa animal principalmente em escolas públicas – o UFCão. O projeto foi formalizado via edital de Extensão modalidade Ampla Concorrência, inicialmente coordenado pela professora do CCSA/UFCA Waleska Félix e, no ano seguinte, pela também docente do CCSA/UFCA, Rebeca Grangeiro.

De acordo com Fernanda, em 2018, o projeto visitou sete escolas – número que foi ampliado para 20, em 2019: “A proposta do UFCão é levar conhecimento sobre a causa animal [para mais pessoas]. E aí como vincular isso ao que eu já estudava? Eu apresentava indicadores, metas… Havia esse vínculo com o que eu vejo na Administração, mas, além disso, as ciências são interdisciplinares. Eu levava [para as palestras] estudos da Psicologia [por exemplo], eu levava leis, eu levava muito mais do que aquilo que eu via no meu curso. Então, eu não ia para as escolas para falar de cachorro, eu ia para levar ciência”, compartilha.

Um dos objetivos do projeto, também, era fazer com que as pessoas compreendam que, quando se fala de dignidade animal, se fala também de saúde humana: “Porque quando se fala de zoonoses, a gente está falando de saúde pública. E quando se fala de saúde, a gente fala também das pessoas. Tratar sobre a causa animal não é só falar de cachorro: é tratar sobre saúde, sobre comportamento e fazer com que as pessoas compreendam que [a promoção da dignidade animal] é uma problemática socioambiental”, disse.

Em paralelo ao projeto de Extensão, Fernanda desenvolve um trabalho voluntário de promoção de dignidade para animais desassistidos ou em situação de abandono nos campi da UFCA, que também leva o nome UFCão: “o trabalho voluntário é um trabalho que qualquer pessoa pode fazer, independentemente de Extensão, de Universidade. É uma coisa que você faz na sua rua, no seu bairro. Então o trabalho voluntário é uma coisa e a Extensão, que é estar em contato com a comunidade, é outra coisa”, explica.

“A experiência na Extensão me fez decidir meu rumo nos estudos”

A bióloga, professora e mestranda em Biodiversidade e Conservação na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Cinthia Oliveira, ingressou no Instituto de Formação de Educadores da UFCA (IFE/UFCA) no segundo semestre de 2014. Em 2017, ela concluiu sua primeira graduação, no curso de Licenciatura Interdisciplinar em Ciências Naturais e Matemática – curso que oferece aos seus egressos a oportunidade de realizar um segundo ciclo específico, para obtenção de mais um diploma, em uma das quatro áreas específicas da primeira formação: Matemática, Física, Química ou Biologia. Dessa forma, Cinthia também se formou em Biologia, no IFE/UFCA.

Cinthia iniciou sua trajetória em Extensão universitária com o projeto “Uso racionalizado de plantas medicinais, com hipertensos e diabéticos, na cidade de Brejo Santo”, coordenado pela professora Laura Hévila Inocêncio (IFE/UFCA), hoje também pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação e vice-reitora da UFCA. A iniciativa – que trabalhava com  idosos atendidos por uma base de uma Unidade Básica de Saúde no município – consistia em fazer um levantamento de plantas utilizadas por esses idosos para tratamento de diabetes e de hipertensão; verificar se já havia alguma comprovação científica de que essas plantas de fato poderiam tratar essas enfermidades e, finalmente, compartilhar informações importantes para a coleta dessas plantas e para o preparo delas para consumo medicinal.

“Foi ensinado também a forma como eles deveriam coletar. Para o princípio ativo da planta, ela não pode ser coletada em qualquer local. Por exemplo: próximo a bueiros, a esgotos. Então a gente perguntava se havia esgoto próximo ao local da coleta, se era na rua ou em avenidas, [que são lugares] onde é liberado carbono pelos carros. Então, quanto mais dentro da mata fechada [a coleta das plantas], melhor. E a gente foi explicando isso. A maioria dos idosos realmente fazia o cultivo das plantas em casa. A gente [então] explicou quais eram os locais ideais para eles cultivarem, sempre longe desses ambientes poluídos”, explica Cinthia.

Ainda sobre a experiência com idosos, Cinthia relata que o próprio projeto conheceu propriedades de determinadas plantas a partir da indicação dos idosos, que as utilizavam por conhecimento popular: “A gente descobriu outras plantas, que eles citaram e que a gente verificou que tinham realmente determinados efeitos. E aí era uma descoberta para a gente também. Era uma troca: tinha coisas que a gente levava, que a gente sabia, e tinha coisas que eles sabiam e a gente não sabia”, compartilha.

Conforme Cinthia, os idosos citavam também plantas que, por vezes, produziam efeitos indiretos na queixa principal: “Por exemplo, a camomila. A gente viu que camomila não tem efeito para hipertensão, mas ela é um calmante. Então, de toda forma, ajudava, mas não que ela iria servir para hipertensão, mas iria acalmá-los e, consequentemente, a pressão deles diminuía. E era dessa forma que a gente ia ensinando. Ensinamos que alho é bom, que o alho ajudava a controlar a hipertensão, que eles poderiam inseri-lo nos alimentos, em um arroz, em um feijão. E foi dessa forma: orientando o que estava certo, explicando qual era o efeito da planta realmente e qual eles poderiam utilizar para ajudar [na demanda deles]”, disse.

A experiência com os idosos – apesar de positiva, na avaliação de Cinthia – não proporcionou vivência em sala de aula, que era algo desejado pela estudante. Foi aí que Cinthia teve a ideia de propor um projeto de Extensão por meio do edital de Protagonismo Estudantil: “Eu sempre tive vontade de trabalhar com escolas. Então, eu pensei em realizar um projeto voltado à educação ambiental, mas também com plantas, que é bem a área que eu gosto de trabalhar. E aí eu desenvolvi um projeto, em parceria com outro programa que existia na época, que era o Horto, coordenado pela professora Jaqueline [Cosmo – IFE/UFCA]. E, no fim, a gente desenvolveu um Horto [área cultivada com plantas medicinais] em escolas, trabalhando toda essa conscientização da educação ambiental, de respeito à natureza, de sustentabilidade – tudo na perspectiva de saúde ambiental e também de laboratório vivo, que poderia servir para aulas de Biologia e também para fomentar a interdisciplinaridade na escola, já que um Horto alia conhecimentos em Biologia, História, Geografia e até Matemática, quando se considera o mapeamento do solo”, afirma. 

Inicialmente, o projeto foi desenvolvido na Escola de Ensino Infantil e Fundamental Afonso Tavares de Luna, localizada  no sítio Timbaúba – no município de Brejo Santo. Posteriormente, o projeto foi levado a outras escolas de Ensino Fundamental e também de Ensino Médio.

Curricularização da Extensão

O Conselho Nacional de Educação (CNE) estabeleceu o dia 19 de dezembro de 2022 como data limite para a implantação da Extensão nos currículos dos cursos de graduação das Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras.  A data, que inicialmente foi estabelecida para o dia 18 de dezembro de 2021, foi prorrogada, em razão da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus. 

O processo de integralização, previsto no Plano Nacional de Educação (PNE 2014-2024 , consiste na inserção de ações de Extensão nos currículos dos cursos de graduação das IES de todo o país – ações estas que deverão, somadas, representar pelo menos 10% da carga horária total de cada curso. 

Com isso, os cursos de graduação da UFCA e de todas as demais IES têm 19 de dezembro deste ano para adequar seu Projeto Político-Pedagógico de Curso (PPC) ao cumprimento da integralização, sob pena de não alcançarem a renovação de reconhecimento de curso junto ao Ministério da Educação (MEC).

Serviço

Pró-Reitoria de Extensão
proex@ufca.edu.br